Em reunião com membros da Comunidade do Caribe, em Brasília, o presidente da República afirmou que o Brasil "não era um país respeitado no mundo" antes do seu governo
Redação Época, com Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a política externa de seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sem citá-lo diretamente. "O Brasil não era um país respeitado no mundo. Muitas vezes se falava do Brasil e as pessoas lembravam de carnaval e futebol.
O Brasil não era levado a sério na questão política", disse Lula, no seu discurso de encerramento da Cúpula Brasil - Comunidade do Caribe (Caricom). Lula falou sobre o papel do Brasil no mundo depois de ouvir elogios do primeiro-ministro da Dominica, Roosevelt Skerrit, à sua política externa e o lamento pela sua saída do governo em dezembro.
Lula tranquilizou os representantes de 16 países que participavam do encontro em Brasília sugerindo que vai continuar sua militância, mas sem especificar como. "Fico lisonjeado mas, mesmo não estando mais na Presidência da República, vou continuar fazendo política porque eu nasci político e vou morrer político". O brasileiro, que falou de improviso, passou então a dizer que todos os países do mundo, do menor país do Caribe à China, "têm o mesmo direito", e defendeu a soberania e autodeterminação dos povos.
O presidente da República falou, citando os diversos grupos de qual o país participa, como G-8, G-20, G-15, IBAS, BRICs: "o que não falta é G para eu participar de reunião". Lula respondeu aos críticos que o condenam por estar participando de reuniões como esta do Caricom, lembrando como esses encontros são importantes. "Se os interesses fossem só econômicos, não estaríamos fazendo esta reunião. Este encontro celebra algo mais importante que o dinheiro, celebra a soberania dos países, a democratização do continente, a autodeterminação dos povos", disse.
Lula voltou a salientar que o Brasil caminha para ser uma grande potência, se continuar crescendo no ritmo que está crescendo, chegando, em 2016, à posição de quinta potência do mundo. Avisou, no entanto, que a integração é fundamental e que o Brasil pode ajudar os países da região. "A nós não interessa crescer sozinho. Precisamos crescer juntos", disse, salientando que o Brasil pode ajudar os países da região seja na área agrícola, energética, de saúde, segurança alimentar, entre outros.
F - Nem Ki Lak :
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