Em entrevista, americana qualificou democracia brasileira de 'vibrante'.
Ela voltou a dizer que EUA e Brasil coincidem nos objetivos quanto ao Irã.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, criticou nesta quarta-feira (3) a falta de liberdade de imprensa na Venezuela.
"Tenho certeza de que muitos de vocês se lembram quando o presidente Obama foi à Cúpula das Américas, ele deu a mão ao presidente [Hugo] Chávez, falou algumas palavras. Ele estendeu a mão ao presidente Chávez", disse.
"Hoje em Brasília, aqui nessa universidade, vejo a imprensa livre que tem o Brasil. O presidente Chávez procura coibir a imprensa. Se dizem coisas negativas dele, procura reprimi-la", disse Hillary em São Paulo. "Não é assim que a democracia funciona."
Hillary também elogiou a democracia brasileira. "Temos confiança na democracia brasileira, que é vital, vibrante. Vou acompanhar a eleição lá dos EUA", disse.
As declarações da diplomata foram feitas durante programa de auditório na faculdade Unipalmares, em São Paulo, em que ela respondeu a 21 perguntas da plateia local e a dos internautas do G1. O evento foi transmitido ao vivo pelo G1 e vai ser transmitido na íntegra pela Globo News, no programa Globo News Especial, às 21h05 desta quinta-feira (4).
A entrevista começou às 20h33 e terminou às 21h30 -Hillary chegou atrasada quase uma hora porque pegou trânsito na Marginal Tietê. Ela foi uma "townterview" (uma mistura de town hall meeting -encontro em que autoridades dos EUA se aproximam da população e prestam contas- e uma entrevista convencional.)
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, responde a pergunta de estudante nesta quarta-feira (3) em universidade em São Paulo.
Hillary disse que estava feliz em estar em uma universidade afrobrasileira e se disse "à vontade", antes de começar a ser sabatinada.
Irã
A diplomata também voltou a dizer que EUA e Brasil têm os mesmos objetivos em relação à questão nuclear iraniana.
Segundo ela, Brasil e EUA "concordam absolutamente" em relação ao Irã. Ela disse que acredita que a negociação e a diplomacia são melhores que "outra aproximação", mas que às vezes é necessário colocar pressão.
Ela disse que teve "encontros excelentes" sobre o assunto com o presidente Lula e o chanceler Celso Amorim sobre o tema.
América Latina
Hillary também disse que o presidente Obama e ela estão comprometidos em mudar a relação dos EUA com a América Latina.
A secretária também respondeu sobre mudança climática. Ela disse que temos de ser mais cautelosos no uso da terra e na extração de materiais.
Questionada sobre o tema, ela disse que os EUA querem ter uma relação saudável com a Venezuela, mas, além da crítica à falta de liberdade de imprensa, falou sobre a crise energética venezuelana.
"infelizmente, ele [Chávez] tomou algumas empresas lá e tirou os bens dessas empresas. Isso não se faz. A carência energética na Venezuela, um país com tanto petróleo. Isso não é certo. Nós vemos um futuro melhor para o povo venezuelano", disse.
"Nós esperávamos que o governo venezuelano governasse no interesse do povo venezuelano. Nós gostaríamos que houvesse menos retórica, menos ameaças provenientes da Venezuela, mas não é uma escolha que possamos fazer. É uma escollha que só a Venezuela pode fazer", disse.
Ela disse que repetia as palavras do presidente Obama sobre o tema: "queremos ter uma relação positiva com a Venezuela, mas, nas atuais condições, isso é difícil".
Veja ao lado o vídeo com a íntegra do encontro
Vistos
Questionada sobre a dificuldade dos brasileiros em conseguir visto para os EUA, ela admitiu a dificuldade que há pelo fato de só haver a Embaixada e três consulados americanos no país (em Rio, São Paulo e Recife). Ela disse que, em conjunto com a Embaixada, vai trabalhar para tornar a concessão de vistos mais fácil.
Educação
Hillary também disse que quer ampliar os intercâmbios estudantis entre EUA e Brasil e que quer ver "milhares de estudantes americanos indo para o Brasil e milhares de estudantes brasileiros indo para os EUA". Ela disse que teve encontros com empresários para viabilizar isso.
A diplomata também afirmou que acredita que governo e empresariado devem trabalhar juntos no estímulo à educação.
Obama no Brasil
Hillary também foi questionada sobre uma provável visita do presidente Obama ao país.
“Eu posso lhes dizer que o presidente Obama está sendo muito convidado para vir ao Brasil. O presidente Lula disse a mesma coisa, você está fazendo o mesmo convite. Eu vou lhe comunicar esse convite. Ele está trabalhando muito duro para fazer aprovar essa reforma do setor de saúde dos EUA. Eu fui senadora, portanto eu entendo quais as dificuldades para fazer aprovar esse projeto de lei. Talvez isso se faça, ele tenha êxito e então ele possa vir ao Brasil.”
Brasília
Mais cedo, em Brasília, Hillary encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chanceler Celso Amorim, com quem discutiu a questão do apoio brasileiro a sanções internacionais ao Irã por seu programa nuclear.
Em entrevista, americana qualificou democracia brasileira de 'vibrante'.
Ela voltou a dizer que EUA e Brasil coincidem nos objetivos quanto ao Irã.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, criticou nesta quarta-feira (3) a falta de liberdade de imprensa na Venezuela.
"Tenho certeza de que muitos de vocês se lembram quando o presidente Obama foi à Cúpula das Américas, ele deu a mão ao presidente [Hugo] Chávez, falou algumas palavras. Ele estendeu a mão ao presidente Chávez", disse.
"Hoje em Brasília, aqui nessa universidade, vejo a imprensa livre que tem o Brasil. O presidente Chávez procura coibir a imprensa. Se dizem coisas negativas dele, procura reprimi-la", disse Hillary em São Paulo. "Não é assim que a democracia funciona."
Hillary também elogiou a democracia brasileira. "Temos confiança na democracia brasileira, que é vital, vibrante. Vou acompanhar a eleição lá dos EUA", disse.
As declarações da diplomata foram feitas durante programa de auditório na faculdade Unipalmares, em São Paulo, em que ela respondeu a 21 perguntas da plateia local e a dos internautas do G1. O evento foi transmitido ao vivo pelo G1 e vai ser transmitido na íntegra pela Globo News, no programa Globo News Especial, às 21h05 desta quinta-feira (4).
A entrevista começou às 20h33 e terminou às 21h30 -Hillary chegou atrasada quase uma hora porque pegou trânsito na Marginal Tietê. Ela foi uma "townterview" (uma mistura de town hall meeting -encontro em que autoridades dos EUA se aproximam da população e prestam contas- e uma entrevista convencional.)
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, responde a pergunta de estudante nesta quarta-feira (3) em universidade em São Paulo.
Hillary disse que estava feliz em estar em uma universidade afrobrasileira e se disse "à vontade", antes de começar a ser sabatinada.
Irã
A diplomata também voltou a dizer que EUA e Brasil têm os mesmos objetivos em relação à questão nuclear iraniana.
Segundo ela, Brasil e EUA "concordam absolutamente" em relação ao Irã. Ela disse que acredita que a negociação e a diplomacia são melhores que "outra aproximação", mas que às vezes é necessário colocar pressão.
Ela disse que teve "encontros excelentes" sobre o assunto com o presidente Lula e o chanceler Celso Amorim sobre o tema.
América Latina
Hillary também disse que o presidente Obama e ela estão comprometidos em mudar a relação dos EUA com a América Latina.
A secretária também respondeu sobre mudança climática. Ela disse que temos de ser mais cautelosos no uso da terra e na extração de materiais.
Questionada sobre o tema, ela disse que os EUA querem ter uma relação saudável com a Venezuela, mas, além da crítica à falta de liberdade de imprensa, falou sobre a crise energética venezuelana.
"infelizmente, ele [Chávez] tomou algumas empresas lá e tirou os bens dessas empresas. Isso não se faz. A carência energética na Venezuela, um país com tanto petróleo. Isso não é certo. Nós vemos um futuro melhor para o povo venezuelano", disse.
"Nós esperávamos que o governo venezuelano governasse no interesse do povo venezuelano. Nós gostaríamos que houvesse menos retórica, menos ameaças provenientes da Venezuela, mas não é uma escolha que possamos fazer. É uma escollha que só a Venezuela pode fazer", disse.
Ela disse que repetia as palavras do presidente Obama sobre o tema: "queremos ter uma relação positiva com a Venezuela, mas, nas atuais condições, isso é difícil".
Veja ao lado o vídeo com a íntegra do encontro
Vistos
Questionada sobre a dificuldade dos brasileiros em conseguir visto para os EUA, ela admitiu a dificuldade que há pelo fato de só haver a Embaixada e três consulados americanos no país (em Rio, São Paulo e Recife). Ela disse que, em conjunto com a Embaixada, vai trabalhar para tornar a concessão de vistos mais fácil.
Educação
Hillary também disse que quer ampliar os intercâmbios estudantis entre EUA e Brasil e que quer ver "milhares de estudantes americanos indo para o Brasil e milhares de estudantes brasileiros indo para os EUA". Ela disse que teve encontros com empresários para viabilizar isso.
A diplomata também afirmou que acredita que governo e empresariado devem trabalhar juntos no estímulo à educação.
Obama no Brasil
Hillary também foi questionada sobre uma provável visita do presidente Obama ao país.
“Eu posso lhes dizer que o presidente Obama está sendo muito convidado para vir ao Brasil. O presidente Lula disse a mesma coisa, você está fazendo o mesmo convite. Eu vou lhe comunicar esse convite. Ele está trabalhando muito duro para fazer aprovar essa reforma do setor de saúde dos EUA. Eu fui senadora, portanto eu entendo quais as dificuldades para fazer aprovar esse projeto de lei. Talvez isso se faça, ele tenha êxito e então ele possa vir ao Brasil.”
Brasília
Mais cedo, em Brasília, Hillary encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chanceler Celso Amorim, com quem discutiu a questão do apoio brasileiro a sanções internacionais ao Irã por seu programa nuclear.
Primeira visita
Em sua primeira visita À América Latina no cargo, Hillary participou da posse do presidente José Mujica, no Uruguai, e esteve no Chile, devastado por um terremoto no sábado passado. Depois do Brasil, ela segue para Costa Rica e Guatemala.
Primeira visita
Em sua primeira visita À América Latina no cargo, Hillary participou da posse do presidente José Mujica, no Uruguai, e esteve no Chile, devastado por um terremoto no sábado passado. Depois do Brasil, ela segue para Costa Rica e Guatemala.