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sábado, 22 de maio de 2010

Ministro prorroga vacinação contra a gripe suína e inclui crianças de 2 a 5 anos :

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O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou na tarde desta sexta-feira a prorrogação da campanha de vacinação contra a gripe suína --a gripe A (H1N1)-- em todo o país. Com isso, todas as pessoas que estavam inclusas na campanha poderão tomar a dose até o dia 2 de junho.

Além disso, o ministro anunciou a inclusão de crianças de dois a cinco anos na campanha de vacinação. Inicialmente, essa faixa etária só receberia a dose no caso de possuir doença crônica. Com a inclusão das crianças nesta faixa etária, deverão ser aplicadas mais 10,8 mil doses da vacina.

O anúncio de prorrogação da campanha de vacinação contra a gripe suína aconteceu após os Estados do Rio Grande do Sul, Bahia e a cidade de São Paulo anunciarem a medida por não atingir a meta de vacinação de 80% em algumas faixas etárias.

F - Nem Ki Lask :

Fortaleza não precisa de estaleiro, diz representante da Prefeitura :

No centro, José Meneleu, da Sepla, junto a Erasmo Pitombeira (e), 
diretor da Ceará Portos, e Genário Azevedo (d), engenheiro de pesca, em 
visita ao Porto do Pecém (Foto: Dário Gabriel)

Técnicos da Prefeitura visita o Pecém.
O que técnicos da Secretaria do Planejamento (Sepla) de Fortaleza fazem avaliando as condições do Porto do Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, para instalação do estaleiro cearense? A pergunta foi respondida pelo coordenador da Sepla, José Meneleu. “Fortaleza é uma cidade que hoje gera mais de 20 mil empregos formais ao ano em áreas como serviço, turismo, cultura.
A contrapartida básica desse empreendimento (estaleiro) para Fortaleza é basicamente 1.200 empregos. Isso pode ser obtido com outros empreendimentos com menos impactos urbanísticos“, respondeu o técnico.
Para confirmar a declaração, Meneleu sustentou que isso significa que Fortaleza não precisa do estaleiro. “Não. Fortaleza efetivamente não (precisa). O estaleiro é estratégico para o Brasil, para o Ceará como um todo, mas do ponto de vista de Fortaleza as vantagens para a cidade são muito pequenas, há mais desvantagens do que vantagens“, frisou, deixando claro que a visita, composta ainda por um representante da Secretaria de Infraestrutura de Fortaleza (Seinf) e um representante do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), era técnica e nenhum dos membros da equipe tinha autorização de dizer qual a posição do município “porque essa é uma decisão política“, completou Meneleu.

Tarde demais. Faltando pouco mais de um mês para o prazo final & 30 de junho & estabelecido pela Transpetro para que o Ceará aponte o local onde será instalado o estaleiro, o representante de um órgão da Prefeitura de Fortaleza deixava claro que o empreendimento não era vantajoso para a capital cearense. A visita se configurou como uma tentativa de encontrar alguma forma para contribuir para que o Ceará não perca um equipamento relevante para economia do Estado, avaliando outros possíveis destinos para o estaleiro. “Se a gente analisar todos os sistemas de planejamento, inclusive do Governo do Estado, o único espaço que previa estaleiro era o Pecém“, argumenta.


Tiro pela culatra

Meneleu disse ainda que o grande problema é o tamanho do equipamento. “Um milhão de metros quadrados de área aterrada em qualquer lugar do mundo é muito, e tem grandes impactos numa cidade que já está totalmente urbanizada. Ainda mais na orla“, explicou. Ele argumenta que o Pecém foi cogitado inicialmente e depois descartado, mas que, com a visita da prefeita Luizianne Lins ao Estaleiro Atlântico Sul, que fica no Porto de Suape, no município de Ipojuca, distante 50 km de Recife, foi constado que o melhor era que o equipamento deveria ser instalado fora da capital.
Para Erasmo Pitombeira, diretor-presidente da Ceará Portos, que administra o Porto do Pecém, qualquer lugar pode receber a instalação de um estaleiro, o que deve ser observado é apenas o custo. “Todo porto ficaria fez tendo um estaleiro agregado“, disse.

Mas o engenheiro deixou claro que, o Porto do Pecém tem uma estrutura offshore, ou seja, com piers longe da costa, e que um estaleiro nessas condições precisaria de um investimento muito alto. “Multiplique por oito a dez vezes o valor estimado“, calcula. Para a construção do equipamento na faixa de praia, também seria necessários investimentos altos para preparação da área, que evitaria impactos ambientais.

F - Nem Ki Lask :

Repercussão sobre o sequestro de jornalista em Juazeiro do Norte :


O jornal "O Povo" de Fortaleza publicou na edição deste sábado a matéria abaixo transcrita:


Dono de jornal de oposição é sequestrado e torturado

O dono do jornal Sem Nome, de Juazeiro do Norte, Gilvan Luís, foi sequestrado e torturado por suposto motivo político, na noite da última quinta-feira. Seu sócio e amigo, Fábio Sousa, atribuiu a autoria do crime ao prefeito do Município, Manoel Santana, que repudiou a agressão. O advogado promete entrar com ação por calúnia
O empresário Gilvan Luis, dono do jornal Sem Nome, do município de Juazeiro do Norte (493,4 km de Fortaleza), foi sequestrado e torturado na noite da última quinta-feira, no Município, por supostas motivações políticas.

Segundo o seu sócio, Fábio Sousa, por volta das 19 horas, Gilvan estaria entrando numa escola de Juazeiro, quando foi abordado por três homens encapuzados e armados. Os criminosos teriam amarrado e sequestrado Gilvan em um veículo Corola, de cor branca e placa HWJ 8602, com registro no município de Porteiras (520 km de Fortaleza). “Ele foi sequestrado e levado para um local esmo, na zona rural. Enquanto isso, no caminho, foi espancado violentamente”, afirmou Sousa.

De acordo com o sócio, uma professora teria visto toda a ação e acionado a Polícia. Quando uma viatura localizou o veículo, os criminosos teriam arremessado Gilvan para fora do carro. Os policiais o conduziram até o hospital e outras viaturas iniciaram a perseguição. Gilvan está internado na clínica São José, em Juazeiro. De acordo com Fábio seu estado de saúde é estável. “Ele teve 49 pontos na cabeça e passou por uma série de exames médicos. Está falando, mas bastante machucado. A gente acredita que se a Polícia não o tivesse encontrado, hoje ele estaria sem vida”, declarou. Fábio atribuiu a autoria do atentado a pessoas ligadas à administração do Município e até ao prefeito, Manoel Santana (PT).
 
“Acreditamos que o mandante deste atentado, mesmo sem ter prova, seja o pessoal da administração do Santana, o próprio prefeito, ou o vereador Roberto Sampaio (PSB)”, acusou. O empresário afirmou que ele e Gilvan já foram ameaçados várias vezes por pessoas que ocupam cargos na Prefeitura.
“Nosso jornal denunciou que a esposa do vereador (Sampaio) recebia recurso do Programa Bolsa Família, mesmo sendo professora concursada do Município na época”, afirmou. “Estamos vivendo um clima tenso com essa administração. Eu estou na lista dele, me sinto como a próxima vitima da administração do doutor Santana”, acusou Fábio.

Prefeito nega
Por meio de nota de repúdio, Santana afirmou que as autoridades policiais devem investigar o “odioso fato”, de forma “rápida e eficazmente”, para que os culpados sejam punidos “severamente”. “Minha índole não acalenta a imundície desse gesto nem qualquer tipo de atentado a vida alheia”. O advogado do prefeito, José Carlos Pimentel, disse que Santana não tem “a mínima relação” com o acontecido e adiantou que entrará com ação por denúncia caluniosa contra Gilvan e Fábio. 
 
 
F - Nem Ki Lask : 

Proporção de pobres cai para 23% no Brasil :



Segundo estudo, percentual era de 33% há quatro anos; Sudeste está entre as regiões mais favorecidas



O percentual de pobres caiu de maneira sustentável no Brasil entre 2004 e 2008 e, mesmo com a crise financeira internacional, o movimento provavelmente não foi interrompido em 2009, de acordo com a economista Sonia Rocha, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade. 
 
Ela apresentou ontem, no 22º Fórum Nacional, um estudo com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, que mostra que a proporção de pobres no país caiu de 33,2% para 22,9% no período pesquisado.O movimento contribuiu para a redução da desigualdade, mas teve impactos diferentes nas regiões brasileiras.
 
No Sudeste, por exemplo, a queda no número de pobres foi de 35%, enquanto no Nordeste esse percentual foi de 27%.A economista explica que o Sudeste, particularmente São Paulo, beneficiou-se mais do crescimento da renda no período, pois o principal fator que motivou isso foi a melhoria do mercado de trabalho e o aumento do salário mínimo.Ela destaca que esse era um fato esperado, pois os grandes centros tendem a se beneficiar mais rápido do crescimento econômico, mas que contribui para aumentar a desigualdade entre regiões.
 
O trabalho mostra também que as famílias mais pobres foram as mais beneficiadas pelo crescimento.No caso apenas desse grupo, o peso das transferências de renda no orçamento total familiar aumentou de 10% para 18%, o que mostra que programas como o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada tiveram papel importante na redução da pobreza.Isso não significa, diz ela, que a melhoria da situação financeira dos pobres se deu apenas por causa dessas transferências. 
 
O peso da renda do trabalho ainda representa 71% do orçamento familiar desse grupo. O que o dado mostra é que as transferências cresceram em ritmo superior aos salários e às demais rendas do trabalho.Como os dados consolidados de 2009 só serão divulgados em setembro, ainda não é possível saber se o movimento de redução da pobreza continuou mesmo durante a crise.Ela, porém, aposta que a queda deve ter continuado, já que houve melhoria do salário mínimo, aumento das transferências de renda, e a crise, no período de coleta da pesquisa do IBGE (setembro), já havia passado por sua pior fase.
 
F - Nem Ki Lask :

Diplomacia de Lula atua como foguete para situar o Brasil no alto do cenário global :






 
 
 
 
 
 
 
 
El Pais

Lula cumprimenta o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, em Teerã, capital do Irã
A bola é o símbolo obrigatório da ascensão do Brasil como superpotência. Sua brilhante tradição desportiva obriga a avaliar em termos futebolísticos seus crescentes sucessos econômicos e diplomáticos. Foi o que fez o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, na hora de qualificar o acordo obtido por seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, junto com o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente Mahmoud Ahmadinejad, sobre o programa iraniano de enriquecimento de urânio: "O Brasil só colocou a bola na área".
 
Muitas são as interpretações provocadas por esse compromisso tripartite, que segue os passos da última tentativa pilotada pela ONU para evitar que o programa iraniano desemboque na fabricação da arma nuclear; e pelo qual Teerã se compromete a entregar à Turquia 1.200 quilos de urânio pouco enriquecido, dos quais devolverá aos iranianos um décimo, por sua vez enriquecido a 20%, para uso médico.
Leia mais sobre a crise e o acordo com o Irã:
 
De Washington pode ser considerada uma jogada dos novos países emergentes para fechar a passagem à quarta série de sanções econômicas que os EUA estavam preparando e que apresentaram na terça-feira, poucas horas depois da assinatura dos três em Teerã. De Israel, onde seu governo desconfia das sanções diante de um regime que consideram uma ameaça existencial, cabe considerá-lo uma bofetada em Obama, que enche de razão os que aprovam a destruição por meios militares das instalações nucleares iranianas. 
 
Da Europa só se pode interpretar como o que é, em qualquer dos casos: essa bola que situa o Brasil no meio do palco e em troca desaloja os que tiveram o maior destaque nos últimos anos, tanto através do chamado Grupo 5+1 (os cinco do Conselho de Segurança, dos quais dois são europeus - França e Reino Unido -, mais a Alemanha) como do Alto Representante da União Europeia, Javier Solana, a quem os seis delegaram o grosso da negociação, coisa que não fizeram com sua sucessora, Catherine Ashton.
Os interesses da Turquia e seu primeiro-ministro desembocam diretamente na região à qual Lula viajou em duas ocasiões nos últimos três meses. Estão em jogo as relações de vizinhança e a liderança regional, embora também conte a concorrência com a Rússia. Para o Brasil, por sua vez, tudo se aposta na melhora do estatuto internacional do grande país sul-americano. Lula se colocou em um cenário reservado até quarta-feira às velhas superpotências pela mesma infalível regra de três com que seu país se incorporou ao G-20 na hora de enfrentar a crise financeira, ou entrou na cozinha decisiva da Cúpula de Copenhague sobre mudança climática.
 
"Tem gente que não sabe fazer política se não tiver inimigo", afirma Lula

Essa atitude corresponde a uma política internacional de cunho realista, que é conduzida sobretudo pelos interesses do Brasil como potência americana com vocação global. É uma aposta que compete diretamente com os europeus, cuja nutrida presença nas instituições internacionais, além de acentuar sua cacofonia e sua capacidade divisora, não faz mais que salientar a antiguidade de uma arquitetura internacional que se mantém quase intacta desde que terminou a última guerra mundial, há 65 anos.
Lula sempre desenvolveu uma grande atividade internacional. 
 
Mas este ano de 2010, o último de sua presidência, registrou um salto qualitativo, marcado por dois deslocamentos ao exterior que indicam como sondas a profundidade da vocação do Brasil. O primeiro o levou em março passado ao Oriente Médio, região geográfica que jamais havia ocupado um presidente brasileiro. O segundo o levou agora a Teerã e lhe proporcionou o raro privilégio de se encontrar com o guia supremo da revolução, o aiatolá Ali Khamenei, algo que só está ao alcance de uma lista muito restrita de mandatários estrangeiros.
 
Com sua imagem de bonomia proletária e seu enorme prestígio, Lula está atuando como um foguete propulsor do Brasil na nova etapa geopolítica multipolar. Está bem claro que como parte de seu legado político quer deixar o Brasil situado o mais alto possível no cenário internacional, e especialmente bem colocado em suas apostas institucionais.
 
Daí que queira jogar um papel no processo de paz do Oriente Médio e agora em um conflito como o que o Ocidente mantém com o Irã, diretamente ligado à política de não-proliferação. Lula centrou a bola, que agora está dentro da área. Mas são seus sucessores que deverão começar a marcar os gols, como nos melhores tempos da seleção amarela.
 
F - Nem Ki Lask :