O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse ontem que não vai “se render” ao fato de o PT do Ceará não aceitar participar de um mesmo palanque em que esteja o PSDB. “Esse radicalismo não é bom. Aqui (no Ceará), eu não vou me render a essa coisa compulsória que o PT tem de querer ficar fora do PSDB”, declarou Cid, após criticar duramente o antagonismo que existe entre os dois partidos.
“Esse antagonismo (entre petistas e tucanos) é um mal para o País. Uma disputa política que começa em São Paulo não pode ser replicada e multiplicada compulsoriamente para todos os Estados“, defendeu o governador, que, no passado, ainda filiado ao PSDB, conseguiu articular com o PT uma aliança para as eleições municipais de 1996, sendo eleito prefeito de Sobral naquele ano.
A postura de Cid manifestada ontem é uma clara reação à posição já oficializada pelo PT de não participar de qualquer acordo político, formal ou informal, que envolva o PSDB.
Se levada às últimas consequências, tanto a declaração do governador como o posicionamento do PT em relação aos tucanos, a consolidação de uma possível aliança de Cid com o PSDB & o que já está sendo conversado nos bastidores entre o governador e o senador Tasso Jereissati (PSDB) – empurrará o PT para fora da ampla aliança política que Cid montou em torno de si. Esse é o cenário que enxerga o líder da prefeita Luizianne Lins (PT) na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT).
Segundo Acrísio, o fato de Cid afirmar que não vai se render ao que quer o PT não muda nada o posicionamento dos petistas. “Nossa posição está mantida. Se o Cid se aliar com o Tasso, nós estamos fora“. A presidente estadual do PT e uma das principais aliadas de Cid, Luizianne Lins (PT), afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará a declaração. Outros petistas também preferiram o silêncio, como o ex-prefeito Ilário Marques e o deputado federal José Nobre Guimarães.
Mantendo a linha de não tratar da sucessão estadual, Cid se recusou a comentar, ontem o encontro que Luizianne teve com seu desafeto político, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), assim como o “plano B“, que alguns petistas já articulam preventivamente diante da indefinição do governador sobre a aliança com o PSDB e sobre o apoio ao candidato do PT ao Senado, José Pimentel.
Justificativa
Cid aproveitou para justificar o motivo do silêncio quando o assunto é o cenário político no Ceará: “Além de ser estratégico, o fato de eu não tratar desses temas é útil para mim, porque eu não foi para isso que eu fui eleito. O que as pessoas esperaram de mim é trabalho, é estar fiscalizando as obras, é melhorar o sistema de saúde, é fazer a água chegar a Fortaleza, é fazer o trem andar, é fazer mais casas.”
O QUE JÁ FOI DITO SOBRE PT X PSDB
Dos vivos, é o maior político cearense. Estamos em partidos diferentes e vamos ver como serão as coisas no futuro“
Cid Gomes. Ao demonstrar o quanto admira o senador Tasso Jereissati (PSDB), em entrevista à Carta Capital em 2009
“O PT não participará de nenhuma construção de aliança política formal ou informal com o movimento anti-Lula liderado pelo PSDB“
Resolução do PT.
“Não acho que seja afronta, afinal não me senti afrontada quando ele disse que Tasso é o maior político vivo“
Luizianne Lins (PT). Presidente estadual do PT, comentando a reunião que teve com o PR.
“E quem estiver impaciente que tome Maracugina. Paciência!”
Ivo Gomes. Deputado estadual, ao sugerir que os petistas terão de esperar pelas definições do cenário estadual
EMAIS
- Cid Gomes fez elogios à ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), mas destacou que a petista nunca participou de nenhum processo eleitoral. O governador evitou considerar que este é um ponto negativo na trajetória de Dilma. Ele preferiu classificar como uma incógnita.
- “Pode ser que dê tudo certo, mas a probabilidade para quem está fazendo uma coisa pela primeira vez é de dar um passo em falso, o que pode resultar em um grande problema“, disse.
- As declarações de Cid foram dadas durante sua visita ao trecho 4 do Eixão das Águas, em Itaitinga. Acompanhado do novo ministro da Integração Nacional, João Santana, Cid percorreu túnel subsolo com 1,3 quilômetros de extensão – o trecho mais difícil da obra, segundo o governador.
- Cid destacou que o Eixão deve garantir abastecimento de água em Fortaleza por 30 anos. O trecho 4 deve ser inaugurado até o final do ano, tendo custo total de R$ 173 milhões.
- A visita não teve discursos oficiais, mas teve a preocupação de ganhar visibilidade na imprensa, tanto que havia uma topic para levar jornalistas. “
F - Nem Ki Lask :
“Esse antagonismo (entre petistas e tucanos) é um mal para o País. Uma disputa política que começa em São Paulo não pode ser replicada e multiplicada compulsoriamente para todos os Estados“, defendeu o governador, que, no passado, ainda filiado ao PSDB, conseguiu articular com o PT uma aliança para as eleições municipais de 1996, sendo eleito prefeito de Sobral naquele ano.
A postura de Cid manifestada ontem é uma clara reação à posição já oficializada pelo PT de não participar de qualquer acordo político, formal ou informal, que envolva o PSDB.
Se levada às últimas consequências, tanto a declaração do governador como o posicionamento do PT em relação aos tucanos, a consolidação de uma possível aliança de Cid com o PSDB & o que já está sendo conversado nos bastidores entre o governador e o senador Tasso Jereissati (PSDB) – empurrará o PT para fora da ampla aliança política que Cid montou em torno de si. Esse é o cenário que enxerga o líder da prefeita Luizianne Lins (PT) na Câmara Municipal, Acrísio Sena (PT).
Segundo Acrísio, o fato de Cid afirmar que não vai se render ao que quer o PT não muda nada o posicionamento dos petistas. “Nossa posição está mantida. Se o Cid se aliar com o Tasso, nós estamos fora“. A presidente estadual do PT e uma das principais aliadas de Cid, Luizianne Lins (PT), afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará a declaração. Outros petistas também preferiram o silêncio, como o ex-prefeito Ilário Marques e o deputado federal José Nobre Guimarães.
Mantendo a linha de não tratar da sucessão estadual, Cid se recusou a comentar, ontem o encontro que Luizianne teve com seu desafeto político, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), assim como o “plano B“, que alguns petistas já articulam preventivamente diante da indefinição do governador sobre a aliança com o PSDB e sobre o apoio ao candidato do PT ao Senado, José Pimentel.
Justificativa
Cid aproveitou para justificar o motivo do silêncio quando o assunto é o cenário político no Ceará: “Além de ser estratégico, o fato de eu não tratar desses temas é útil para mim, porque eu não foi para isso que eu fui eleito. O que as pessoas esperaram de mim é trabalho, é estar fiscalizando as obras, é melhorar o sistema de saúde, é fazer a água chegar a Fortaleza, é fazer o trem andar, é fazer mais casas.”
O QUE JÁ FOI DITO SOBRE PT X PSDB
Dos vivos, é o maior político cearense. Estamos em partidos diferentes e vamos ver como serão as coisas no futuro“
Cid Gomes. Ao demonstrar o quanto admira o senador Tasso Jereissati (PSDB), em entrevista à Carta Capital em 2009
“O PT não participará de nenhuma construção de aliança política formal ou informal com o movimento anti-Lula liderado pelo PSDB“
Resolução do PT.
“Não acho que seja afronta, afinal não me senti afrontada quando ele disse que Tasso é o maior político vivo“
Luizianne Lins (PT). Presidente estadual do PT, comentando a reunião que teve com o PR.
“E quem estiver impaciente que tome Maracugina. Paciência!”
Ivo Gomes. Deputado estadual, ao sugerir que os petistas terão de esperar pelas definições do cenário estadual
EMAIS
- Cid Gomes fez elogios à ex-ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), mas destacou que a petista nunca participou de nenhum processo eleitoral. O governador evitou considerar que este é um ponto negativo na trajetória de Dilma. Ele preferiu classificar como uma incógnita.
- “Pode ser que dê tudo certo, mas a probabilidade para quem está fazendo uma coisa pela primeira vez é de dar um passo em falso, o que pode resultar em um grande problema“, disse.
- As declarações de Cid foram dadas durante sua visita ao trecho 4 do Eixão das Águas, em Itaitinga. Acompanhado do novo ministro da Integração Nacional, João Santana, Cid percorreu túnel subsolo com 1,3 quilômetros de extensão – o trecho mais difícil da obra, segundo o governador.
- Cid destacou que o Eixão deve garantir abastecimento de água em Fortaleza por 30 anos. O trecho 4 deve ser inaugurado até o final do ano, tendo custo total de R$ 173 milhões.
- A visita não teve discursos oficiais, mas teve a preocupação de ganhar visibilidade na imprensa, tanto que havia uma topic para levar jornalistas. “
F - Nem Ki Lask :