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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Novo governador interino do DF afirma que não será 'empecilho' :

Ampliar Foto Foto: Valter Campanato/ABr

Presidente da Câmara assume governo após renúncia de Paulo Octávio.
Ele diz querer ser instrumento de transição entre governos eleitos.

O novo governador interino do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), divulgou nota nesta terça-feira (23) em que diz que não fará “mudanças bruscas” e que não vai aceitar “ingerências políticas” em sua gestão. Lima afirma que assume no “momento mais delicado” da história política do DF.

O deputado assumiu o governo local automaticamente após a renúncia do vice-governador Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM) na tarde desta terça. Nesta quarta (24), o Diário da Câmara traz publicada a renúncia de Paulo Octávio e o empossamento de Lima no cargo de govenador interino.

Lima diz que quer ser um “instrumento para uma transição democrática entre um governo eleito e outro governo eleito”, em uma referência à possível intervenção pedida pelo Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. Lima afirma que não será “empecilho à volta da normalidade”.

  • Aspas

    Assumo interinamente o governo do Distrito Federal no momento mais delicado de nossa ainda curta história política. Não escolhi estar nessa posição não a almejei, mas não posso fugir à responsabilidade e ao dever de assumi-la"

No lugar de Lima, que ocupava a presidência da Câmara Legislativa, assume interinamente o deputado Cabo Patrício (PT), que já esteve no cargo durante as licenças de Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), que ficou conhecido como “deputado da meia” após ser flagrado escondendo nas roupas dinheiro do suposto esquema de propina no governo local, que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

Aliado de primeira hora de Arruda, Wilson Lima já foi vendedor de picolés, frentista, mecânico, lanterneiro, pintor, balconista e cobrador de ônibus. Também foi sócio de uma rede de supermercados. Está no terceiro mandato.

Sua chegada ao cargo se dá após a sucessão de escândalos de corrupção no governo do Distrito Federal. O caso veio à tona no dia 27 de novembro quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora, que investigava um suposto esquema de distribuição de propina.

O caso foi denunciado por Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governador José Roberto Arruda, que foi afastado e preso por determinação do Superio Tribunal de Justiça (STJ). O inquérito que tramita no STJ envolve o governador do DF, Paulo Octávio, deputados distritais, empresários e membros do governo.

Nesta terça, Arruda disse que não pensa em renunciar ao cargo. O aviso foi feito por intermédio do secretário de Transportes do Distrito Federal, Alberto Fraga, que visitou o governador afastado nesta tarde, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. “Em nenhum momento se falou em renunciar. Ele disse que está preparado para ir até o fim", disse.

Veja a nota de Wilson Lima

"Assumo interinamente o governo do Distrito Federal no momento mais delicado de nossa ainda curta história política. Não escolhi estar nessa posição, não a almejei, mas não posso fugir à responsabilidade e ao dever de assumi-la.

F - G1 :

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