Cubano lamentou morte de preso político contrário ao regime.
Ainda nesta quarta, Lula deve se reunir com Fidel Castro.
Raúl e Lula visitaram obras no Porto de Mariel. (Foto: Cláudia Bomtempo/TV Globo)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou nesta quarta-feira (24) com o presidente de Cuba, Raúl Castro, no Porto de Mariel, a 50 quilômetros a oeste de Havana. Juntos, eles vistoriaram obras que serão financiadas pelo Brasil.
Ao lado de Lula, o líder cubano disse que lamenta a morte de Orlando Zapata, preso político que estava em greve de fome há 82 dias. O presidente brasileiro chegou à ilha na terça-feira (23), poucas horas depois da divulgação da morte, e não quis comentar o assunto.
Raúl defendeu o governo cubano e lembrou que em "meio século" ninguém foi assassinado pelo regime. "Aqui não foi torturado ninguém. Aqui não houve nenhuma execução extrajudicial. Aqui foram torturados em Cuba, sim senhor, é verdade, mas na base naval de Guantánamo, que não é nosso território”.
A Base Naval da Baía de Guantánamo pertence aos Estados Unidos e possui uma prisão militar, para onde foram enviados muitos acusados de terrorismo pelos EUA. Várias denúncias de tortura de prisioneiros da prisão já foram feitas.
O líder cubano pediu respeito e independência. "Aqui não temos uma máxima liberdade de expressão, é certo. Deixem-nos tranquilos, deixem-nos quietos, deixem-nos desenvolver normalmente nossas atividades e poderá haver muito mais facilidade. Essa é a realidade, o resto é história”.
O presidente Lula não quis dar declarações. Apenas disse que não havia recebido a carta de organismos de defesa dos direitos humanos que pedem a atenção de Lula aos casos de presos políticos em Cuba.
Obras vistoriadas
Juntos, Lula e Raúl vistoriaram obras no porto cubano de Mariel, uma remodelação financiada pelo Brasil. Situado 50 quilômetros a oeste de Havana, o local deve ser convertido em um moderno terminal de contêineres.
O governo brasileiro financiará com cerca de US$ 450 milhões a modernização das estradas, vias ferroviárias e depósitos de Mariel. As obras ocorrerão por conta da construtora brasileira Odebrecht, que prevê começar a execução no primeiro trimestre deste ano.
F - G1 :
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