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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Venezuela pode comprar energia elétrica do Brasil :



Governo venezuelano analisa propostas apresentadas pelo Brasil como solução para a crise energética

Caracas. O governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou ontem que vai analisar as propostas de venda de energia apresentadas pelo Brasil e por outros países. O país enfrenta uma crise energética que se acentuou nos últimos dias, levando ao racionamento em determinadas regiões.

Autoridades brasileiras foram a Caracas para buscar uma solução para o impasse, como o envio de especialistas e a execução de um programa para conter a crise.

O ministro de Energia Elétrica, Ali Rodríguez Araque, confirmou a possibilidade de o governo da Venezuela comprar energia de estrangeiros. Segundo ele, o governo brasileiro sugeriu a venda de energia para os venezuelanos. "Não é bom ultrapassar o rio antes de chegar à ponte. Se houver qualquer oferta proveniente da Colômbia, nós vamos analisar, assim como estamos fazendo com a oferta que veio do Brasil", afirmou o ministro à Agência Bolivariana de Notícias (ABN).

De acordo com Araque, o Brasil compra cerca de 80 megawatts da Venezuela e levantou a possibilidade de parar de importar e passar a exportar energia elétrica para o país. Ele não detalhou, entretanto, como seria essa operação.

Uma das alternativas analisadas pelo governo é aumentar a geração de energia por meio de vários projetos que são desenvolvidos em pontos estratégicos. O objetivo é dar mais autonomia ao sistema de abastecimento nacional, reduzindo a dependência da Hidrelétrica de Guri, a principal da Venezuela.

Crise

As dificuldades do governo Chávez se acentuaram no ano passado. Em dezembro, o presidente foi à televisão informar sobre as dificuldades no setor de energia e água por causa da falta de chuva. Houve redução dos níveis da água na barragem Guri. Nessa barragem está o complexo que produz 70% da eletricidade na Venezuela.

Chávez anunciou planos de racionamento de energia, e os venezuelanos se queixam da falta de mercadorias como leite e manteiga. Só na relação com o Brasil, o governo Chávez tem um saldo de mais de US$ 3 milhões, favoráveis aos brasileiros. Com a redução do preço do barril de petróleo no mercado, a política econômica adotada por Chávez ficou fragilizada.

F - DN :

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