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terça-feira, 6 de abril de 2010

Vale ataca siderúrgicas da Europa :

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SÃO PAULO -

  A Vale pediu nesta terça-feira à Comissão Europeia que investigue as siderúrgicas do continente por prática de concorrência desleal. No pedido, a mineradora brasileira acusa as siderúrgicas europeias de agir de maneira orquestrada e ilegal nas negociações para reajuste do preço internacional do minério de ferro – o produto vendido pela Vale.
 
De acordo com a mineradora, as siderúrgicas também estariam alimentando, por meio da Eurofer, a associação do setor na Europa, uma "forte campanha na mídia" contra a posição das mineradoras, entre elas a Vale. "Em razão dessas circunstâncias, achamos que a Comissão deveria investigar a situação", diz o documento entregue à Comissão Europeia.
"A Eurofer deveria olhar para o próprio umbigo antes de apontar o dedo na direção da Vale. O setor siderúrgico europeu está cheio de condenações por desvio de conduta competitiva", disse ao Estado José Carlos Martins, diretor executivo da área de ferrosos da Vale.

Disputa

 A ação da Vale, entregue por seus advogados à Comissão de Política da Competição em Bruxelas, é um troco nas siderúrgicas da Europa. Dias atrás, elas procuraram a mesma Comissão Europeia e acusaram os maiores produtores de minério de ferro do mundo (a Vale e as australianas BHP Billiton e Rio Tinto) de usar seu poder econômico para impor ao mercado aumentos de preços abusivos.
A disputa entre as siderúrgicas e seus fornecedores de minério esquentou nas últimas semanas, depois que as mineradoras resolveram abandonar um sistema de reajuste anual que vigorou por 40 anos. A Vale adotou o sistema de reajustes trimestrais, definidos com base na média de preços do mercado à vista nos três meses anteriores.
Quando a crise econômica tornou-se mais aguda, entre o final de 2008 e o começo do ano passado, o presidente da Vale, Roger Agnelli, procurou pessoalmente seus principais clientes no mundo para pedir que respeitassem os contratos entre eles. Disse que, se não pudessem comprar as quantidades que haviam encomendado, ao menos não mexessem no preço estipulado nos acordos.
Com a demanda no chão, as siderúrgicas não cumpriram os contratos com a Vale e passaram a forçar a compra do minério de ferro pela cotação do mercado à vista, então bem mais baixo que o dos contratos anuais.
Hoje, depois que o vento mudou e o preço do mercado à vista está na estratosfera, quem não quer mais saber de contratos anuais são as mineradoras. Agora, são elas que gostam do mercado à vista.
"Não é a Vale que está reajustando o preço do minério. É o mercado", afirma Martins. "Desde agosto de 2009 o mercado vem pagando preços acima do que acertamos nos contratos e a Vale cumpriu todos os acordos. Agora é o momento contratual do reajustar os preços e a Vale está propondo um sistema flexível."

Mercados

 De acordo com fontes do mercado, o preço da Vale subiu de US$ 60 para cerca US$ de 110 por tonelada de minério de ferro, desde o dia 1.º de abril. A BHP Billiton estaria cobrando o preço do dia no mercado à vista – que na segunda-feira fechou a US$ 160 a tonelada. Segundo a mineradora brasileira, os clientes da Ásia já estariam pagando o novo preço e a maior parte das siderúrgicas da Europa já teria concordado com o novo valor. Faltariam duas grandes usinas para fechar um acordo global de preços na Europa.
Fontes de mercado afirmam que as siderúrgicas da Europa teriam mais dificuldade para incorporar os reajustes das mineradoras do que as usinas da Ásia, já que os europeus possuem custos maiores e menos mercado para colocar seu produto.

F - NKL :

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