WASHINGTON
O presidente americano, Barack Obama, disse ontem que está realinhando a estratégia nuclear dos EUA para limitar substancialmente as condições sob as quais o país poderia utilizar armas nucleares, ainda que para se defender. Ele acrescentou, porém, que haveria exceções na estratégia para o caso de ameaças de países "desajustados, como Irã e Coreia do Norte", que têm violado ou rejeitado tratados para evitar a proliferação nuclear.
Como exemplo, indicou que a estratégia a ser anunciada hoje deve renunciar a qualquer tipo de desenvolvimento de novas armas nucleares - contrariando a posição inicial de seu próprio Departamento de Defesa.
Diferentemente da estratégia de seus antecessores, Obama estaria redesenhando a estratégia nuclear levando em conta que a ação de "países renegados" e grupos terroristas representa uma ameaça maior do que as tradicionais potências da Guerra Fria, como Rússia e China.
Segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, a "atualização da estratégia nuclear do país" - a primeira desde 2002 - deve servir de exemplo para a comunidade internacional, uma semana antes da cúpula sobre desarmamento nuclear que deve reunir mais de 40 chefes de Estado e de governo em Washington, entre os dias 12 e 13. Fontes do governo americano disseram no mês passado que a nova estratégia deve vir acompanhada de "um papel maior das armas convencionais de dissuasão".
Para lembrar
O presidente americano, Barack Obama, e seu colega russo, Dmitri Medvedev, assinam depois de amanhã um novo tratado Start (Pacto Estratégico de Redução de Armas) para a redução e limitação de armas estratégicas. O Start, que resultou na remoção de 80% das armas estratégicas, impede seus signatários de ter mais de 6 mil ogivas nucleares e 1.600 vetores.
F - NKL :
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