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quinta-feira, 25 de março de 2010

Palestina quer que Lula seja chefe da ONU :

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Lula se reuniu com o rei da Jordânia, Abdullah II; antes, ele foi aplaudido de pé pela população da Cisjordânia Porta-voz da ANP defendeu o nome do presidente para secretário-geral das Nações Unidas

Amã, Jordânia. O comando da Autoridade Nacional Palestina (ANP) defendeu, ontem, o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para futuro secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em substituição ao sul-coreano Ban Ki-moon. O porta-voz da ANP, Mohamed Edwan, afirmou que esta é a expectativa dos palestinos. O comentário ocorreu depois da visita de Lula à Cisjordânia. Na ocasião, o presidente brasileiro disse que era "irmão" do povo palestino.

"Ele poderia ser um ótimo secretário-geral da ONU, pois é um homem de paz e de diálogo e sabe negociar de maneira inteligente e admirável", afirmou Edwan. "O próprio presidente Abbas também pensa assim", acrescentou o porta-voz.

O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, informou que a proposta dos palestinos já foi citada anteriormente. Segundo ele, um dos que defendeu a ideia de Lula ser nomeado para a ONU foi o presidente da França, Nicolas Sarkozy.

Durante a inauguração da Rua Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, os palestinos presentes aplaudiram de pé o brasileiro e gritaram "Viva Lula!". "Eu acredito que os palestinos e os israelenses vão dividir a terra de seus antecessores", afirmou o presidente do Brasil.

Lula discutiu, ontem, com o rei da Jordânia, Abdullah II, meios para retomar as negociações de paz entre palestinos e israelenses, atualmente estagnadas. Em seguida, houve uma reunião com as delegações dos dois países para discutir as relações econômicas bilaterais, principalmente em relação a energias renováveis e água.

O presidente brasileiro ainda afirmou que a recente desavença entre Israel e os Estados Unidos pode ser a "mágica que faltava" para um acordo de paz no Oriente Médio. "O que parecia impossível aconteceu: os Estados Unidos tendo divergência com Israel. Isso era uma coisa praticamente impossível e, quem sabe, essa divergência era a coisa mágica que faltava para que se chegasse ao acordo", afirmou Lula.

"Acredito que uma desavença inesperada entre dois aliados pode ser a chave do sucesso do acordo que precisa ser construído", acrescentou o presidente, que também esteve em Israel.

F - NKL :

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