As taxas de juros cobradas em empréstimos para pessoas físicas diminuíram 1,1 ponto percentual e chegaram a 41,9% ao ano. Segundo o Banco Central (BC), essa é a taxa mais baixa desde 1994.
Os juros em empréstimos para empresas também caíram 0,6 ponto percentual, chegando a 25,9% ao ano. Também sofreram reduções a taxa de juros cobrados pelo uso de cheque especial (chegando a 159,9% ano ano), as taxas de crédito pessoal (43,8% ao ano) e financiamento de veículos (24,1% ao ano). As quedas aconteceram após duas reduções mensais consecutivas.
Essas reduções foram acompanhadas de queda na inadimplência. O taxa total passou de 5,5% e, janeiro para 5,3% ao ano em fevereiro. O BC considera inadimplância atrasos superiores a 90 dias.
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, afirmou que o mercado de crédito tem acompanhado dois movimentos opostos, que se anulam. O primeiro é a queda da margem cobrada nos empréstimos, o chamado spread bancário, causado pela redução da inadimplência. Ao mesmo tempo, há aumento do custo de captação. "Há um movimento de alta no custo de captação dos bancos. Isso tem compensado a redução dos spreads, o que traz estabilidade dos juros", disse.
O total de crédito concedido pelo sistema financeiro ao país também deve ter uma expansão de 20% em 2010, em comparação a 2009, segundo o BC. A participação do crédito no PIB brasileiro deve atingir 49% até o final do ano.
Lopes não garantiu que a taxa de juros continuará a cair nos próximos meses. Segundo ele, se a taxa Selic aumentar, o custo de captação das instituições financeiras também deve subir.
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