O município de Aiuaba, na Região do Cariri, é um dos mais atingidos pela seca verde no Ceará. Cerca de três mil famílias estão sem água para tomar banho, lavar utensílios domésticos e, principalmente, para saciar a sede. As escolas municipais sequer podem preparar a merenda dos alunos e eles, os estudantes, assistem às aulas sem banho. A educação da zona rural pode parar.
A preocupação também é do poder executivo. O prefeito de Aiuaba, Ramilson de Araújo Morais, afirma que a situação é preocupante e que articulações estão sendo feitas junto ao Governo Estadual e Federal para captar recursos. “A gente vê tudo verde, mas se sensibiliza quando vê animais morrendo, famílias passando sede, alunos não tomando banho para ir à escola por falta d’água. Isso sensibiliza e emociona. A gente gerencia os recursos públicos para tentar trazer melhorias às pessoas, mas nessa situação temos que fazer um apelo e unir forças junto ao Governo do Estado, junto ao Governo Federal”.
Ramilson fala ainda que o problema foi agravado com o corte dos carros-pipa, concedidos pelo Governo Federal através do Exército, um alento aos moradores do campo. “Infelizmente, já está com 15 dias que o Governo Federal cortou os pipas. Hoje já estamos caracterizados com uma perda de quase 60% da safra, visando ainda alguma chuva. Se não chegar chuva, perda de quase 100%, que vai afetar toda a zona rural”, declarou.
O coronel Luiz Benício, responsável pelo escritório regional da Operação Pipa da 10ª Região Militar, afirmou que os carros-pipa estão parados por falta de recursos do Governo Federal. “A Operação Pipa está suspensa por determinação do Comando Militar do Nordeste desde o dia 12 de maio. Os 475 carros-pipa que estavam operando no Ceará não estão funcionando no momento, aguardando ordem para recomeçar a entrega de água. São 72 municípios que hoje são atendidos pela Operação”.
A solução do problema depende da ação do Governo Federal e enquanto os recursos não são liberados, a população do interior cearense, sobretudo do meio rural, sofre com a estiagem e a falta de chuvas. “Nós estamos na dependência do repasse dos recursos do mês de maio pelo Ministério da Integração, porque nós não podemos contratar sem o crédito necessário para pagá-los ao final e recolher os impostos decorrentes deste serviço”, finalizou coronel Luiz Benício.
F - Nem ki Lask :
e Márcio Dornelles :
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