Roriz chamou os manifestantes de 'palhaços' e deu 'banana' para eles.
O escândalo que ficou conhecido como mensalão do DEM do DF começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora.
Os manifestantes seguravam cartazes com críticas aos deputados distritais. Roriz não gostou e pediu à presidência da Câmara para que todos fossem retirados. “Peço a Vossa Excelência que retire desta Casa esses ‘palhaços’ que estão aqui fazendo o que estão fazendo”. Logo em seguida, o deputado fez o gesto ofensivo.
De acordo com o código da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, os deputados precisam tratar as autoridades, os servidores da Câmara Legislativa e demais cidadãos com respeito, discrição e urbanidade compatível com a dignidade parlamentar. O Artigo XI diz que "praticar ofensas físicas ou morais a qualquer pessoa no edifício da Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro parlamentar, a Mesa ou Comissão e respectivos presidentes são atos contrários à ética e ao decoro parlamentar".
A estudante Levi Brandão disse que o deputado já agiu de maneira semelhante no passado. “Hoje, ele está fazendo como antigamente: reprimindo os estudantes que estão fazendo manifestações naquela que se diz ser a Casa do povo”, disse.
'Excesso'
Nesta tarde, na tribuna da Câmara, o deputado “reconheceu o excesso” de sua ação, segundo sua assessoria. Roriz pediu desculpas aos parlamentares, mas disse que não pediria desculpa ao estudante que, segundo ele, o teria ofendido com um gesto obsceno e o xingado, o que teria motivado sua reação.
De acordo com a assessoria, o deputado “está tranquilo” em relação a um eventual pedido de abertura de processo por quebra de decoro. Roriz teria dito ainda que toda vez que ele ou sua família forem ofendidos, agirá “com o coração” para se defender, informou sua assessoria.
O presidente da Comissão de Ética, deputado Aguinaldo de Jesus (PRB), e a vice, deputada Érika Kokay (PT), não quiseram gravar entrevista.
F - G1 :
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