Eis artigo do publicitário e marqueteiro político Ricardo Alcântara, Com o título “Ele está de olho na boutique dela”, faz análise da briguinha que o deputado federal José Airton trava com a prefeita Luizianne Lins, nova dirigente estadual do PT, por espaços na futura executiva. Confira:
Houve um tempo, e não faz tanto tempo assim, em que o cargo maldito na direção do PT era o de tesoureiro. Ao seu ocupante cabia a árdua tarefa – missão impossível, em alguns casos – de produzir receita a partir do nada.
E, assim, lÁ ia o tesoureiro petista, pessoalmente, controlar a venda de chaveiros e camisetas, cobrar ingressos de adesão a jantares e passar a sacola na esquina vermelha – avenidas da Universidade com 13 de Maio.
Hoje, ao que parece, é a função mais cobiçada, mesmo após os escândalos que mancharam a imagem do cargo, a julgar pela reação do deputado José Airton, que reivindica o cargo para o seu grupo. Não recua. Alega acordos.
O petista, que já esteve bem próximo de uma botija mais suculenta, a receita do governo estadual, rejeitou até, em favor da tesouraria, a indicação para o cargo mais importante da direção – a secretaria geral.
É, no mínimo, estranho que alguém se julgue prejudicado quando negocia o cargo de tesoureiro e recebe, quase um bônus, a oferta de outra função com atribuições que lhe garantiriam, pelo menos em tese, maior força política.
A prefeita se recusa em atendê-lo. Referência maior do partido na captação de recursos para a campanha, Luizianne pretende manter controle sobre quanto entra, vindo de onde, de quem e – claro – para onde sai.
Houve um tempo, e não faz tanto tempo assim, em que todo dia se podia ler nas páginas de jornais o espetáculo democrático dos companheiros do PT em disputa por suas idéias. Hoje, brigam pelo controle do dinheiro.
F - Eliomar :
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