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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Afeganistão, Otan lança ofensiva contra o Taleban :


Operação militar tem como objetivo expulsar os militantes de locais estratégicos e serve de teste para reforço militar enviado por Obama

Tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), lideradas pelos EUA, lançaram hoje (ontem à noite em Brasília) uma ampla ofensiva no último reduto do Taleban na Província de Helmand. A ofensiva é considerada um teste para a estratégia do presidente americano, Barack Obama, que ampliou o número de soldados no Afeganistão.

O assalto, o primeiro desde que ele ordenou o envio de mais soldados ao Afeganistão, em dezembro, dá início a uma campanha para impor o controle do governo sobre as áreas tomadas pelos militantes ainda este ano, antes de os EUA começarem a se retirar do país em 2011.

"A ofensiva em Marjah começou. Nossa companhia está preparada para garantir o terreno e facilitar a estabilidade e a segurança para o povo de Marjah", disse o tenente Mark Greenlief, da Companhia Bravo do 1º Batalhão.

Uma dúzia de helicópteros seguiu para o sul de Marjah e o primeiro objetivo dos marines americanos era tomar o centro da cidade. Os militares dos EUA disseram que cerca de 4.500 marines americanos, 1.500 soldados afegãos e 300 soldados americanos estão tomando parte da ofensiva no Distrito de Marjah.

Um comandante local do Taleban, Qari Fazluddin, disse à agência Reuters que cerca de 2 mil combatentes estavam prontos para lutar na área densamente povoada.

A segurança dos civis é crucial para a Otan em uma de suas maiores ofensivas contra o Taleban nos oito anos de guerra no Afeganistão. O Taleban vem ressurgindo como uma poderosa força de combate desde que foi deposto na invasão liderada pelos EUA em 2001.

Qualquer morte de civis poderá tornar ainda mais difícil para o governo afegão, apoiado pelos EUA, obter respaldo nas cidades que foram tomadas pelos insurgentes do Taleban.

As forças da Otan decidiram avisar os civis para que não saíssem de suas casas, apesar de dizer que não sabiam se a ofensiva levará a um grande combate. A maioria da população, cerca de 100 mil pessoas, permaneceu na área.

Diferentemente das outras operações militares, a ofensiva em Marjah foi planejada por meses. Comandantes esperam que ela convença muitos combatentes a depor as armas ou a fugir, reduzindo o número de baixas.

Moradores ficaram em suas casas temendo as bombas de beira de estrada colocadas pelo Taleban para prejudicar o avanço americano. Há anos Marjah vem sendo usada para o cultivo da papoula - matéria-prima do ópio -, e como reduto de insurgentes.

F - Estadão :

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