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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Lula diz que dificilmente haverá espaço para uma 3ª candidatura :


O blog do jornalista Josias de Souza publicou nesta quarta-feira (21) o conteúdo de uma entrevista que o presidente Lula concedeu a uma trinca de repórteres: Denise Rothenburg, Josemar Gimenez e Silvia Bessag.  Na ocasião o petista falou sobre Ciro Gomes, reeleição e campanha eleitoral. Confira alguns trechos abaixo:

- Ciro Gomes: Na última conversa que tive com o presidente do PSB nos colocamos de acordo que deveríamos esperar passar o mês de março para que a gente voltasse a conversar. Estamos em abril. [...] Pretendo conversar com Ciro na medida em que a direção do PSB entenda que já é momento de conversar. Achei interessante quando transferiu o título para São Paulo porque era uma probabilidade. [...] Disse para o Ciro que jamais pediria para uma pessoa ou partido não ter candidato a presidente da República se não tiver um argumento sólido para convencer as pessoas. Ser candidato significa a possibilidade de fortalecer os partidos, mas também significa a possibilidade de você perder uma eleição. [...] A tendência que está acontecendo até agora é a de que caminhamos para uma eleição plebiscitária.

- Ciro Gomes 2: [...] Às vezes, você vai enxergar o erro depois que passou as eleições. [...] O momento político agora me diz que as eleições serão plebiscitárias, que dificilmente haverá espaço para uma terceira candidatura. Agora, tem gente que não acredita. A Marina Silva é candidata porque acredita que pode ganhar. O Ciro Gomes pode querer ser candidato e o PSB entender que deva ser. Agora, para ser candidato é preciso saber qual a composição que você vai fazer, qual o tempo de TV, com quem estará aliado regionalmente. Na hora que o time entra em campo, você precisa ter jogador. Eleição é difícil. No Brasil, é complicado.

- Serra e o fim da reeleição: Em política não vale você ficar falando para inglês ver. [...] É importante ter em conta que eles reduziram o mandato de cinco para quatro anos pensando que eu ia ganhar as eleições, em 1994. Aí eles ganharam, e, em 96, aprovaram a reeleição. Aí, para tentarem convencer o Aécio a ser o vice, vieram até me propor que, se o PT e o PSDB estivessem juntos numa reforma política para aprovar cinco anos, sabe, seria o máximo, a gente aprovaria. Eu virei para meu companheiro interlocutor, falei: ‘Olha, eu era contra a reeleição, agora eu quero que tenha a reeleição, mesmo se você ganhar, porque em quatro anos você não consegue fazer nenhuma obra estruturante nesse país, nenhuma’.
- A data da conversa? Faz algum tempo, já.
- Quem era o interlocutor? Não, porque era a tese do ex-presidente [FHC] para convencer o Aécio a ser vice. Então, em política não vale ingenuidade. Ou seja, ninguém vai acreditar que o mesmo partido que criou a reeleição, venha agora querer acabar com a reeleição. [...] Ninguém está pedindo isso. Só o Aécio está pedindo.

- Acha que Aécio será vice de Serra? Não. Acho que o Aécio está qualificado politicamente para ser o que ele quiser ser. Agora, se ele for vice, vai se desgastar muito porque é só pegar o que o Estado de Minas escreveu das divergências de Aécio com Serra. [...] O Aécio vai colocar muita dúvida na cabeça do povo mineiro.

- O PT vai monitorar Dilma? Não existe nenhuma hipótese. [...] Eu vou poder ajudar muito mais a Dilma dentro do PT não sendo presidente da República do que sendo presidente da República. Eu, fora da Presidência, estarei mais nos eventos do PT, estarei participando mais das coisas do PT.

- Transferência de votos: É engraçado, porque as pessoas que acham que eu não vou transferir voto para a Dilma acham que o Aécio vai transferir para o Serra. É engraçadíssimo porque as pessoas olham o seu umbigo e dizem ‘o meu é o mais bonito de que todos’. [...] O que me dá uma segurança é que o mesmo povo que me dá o voto de confiança há sete anos vou pedir para dar um voto de confiança para Dilma.

- Campanha: Eu vou fazer campanha. Não pensem que vou ficar parado vendo a banda passar. Eu quero estar junto da banda, até porque acho que a campanha da Dilma é parte do meu programa de governo para dar continuidade às coisas que nós precisamos fazer no Brasil.

- Taxa de desconhecimento de Dilma nos grotões: Há tempo suficiente [para torná-la conhecida]. É lá que eu vou chegar. Lá eu não vou nem chegar, lá eles são Lula. Lá eu estou representado, lá eles são eu. Eu quero ir é nos lugares onde estou…

- Prevê vitória no primeiro turno? Não acho nem que sim, nem que não. Vamos trabalhar para ter o máximo. [...] A única coisa que não quero é que tenha terceiro turno. E que quem perca, exerça a democracia acatando o resultado eleitoral. E não tente dar golpe, como tentaram me dar em 2005.

- Volta em 2014? [...] Quando o político é canalha, ele não quer eleger o seu sucessor. O velhaco quer voltar. Indica alguém que não pode ser candidato em 2014 e alguém que ele sabe que é fraco. Eu não. Estou indicando o que tenho de melhor. Para ganhar. E , se ganhar, ter o direito de governar mais quatro anos.

F - Nem Ki Lask :

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