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terça-feira, 23 de março de 2010

Israel 'desafia' os EUA em Washington :

MIKE THEILER/Efe 
 
Benjamin Netanyahu discursa em Washington em evento anual com a comunidade judaica; primeiro-ministro defendeu construção de colônias.
 
Países tentam minimizar a tensão e restabelecer as negociações de paz.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, manteve nesta segunda-feira (22) sua posição desafiadora na disputa com o governo dos Estados Unidos, às vésperas de uma reunião com o presidente Barack Obama, ao afirmar: - Jerusalém não é um assentamento. É a capital de Israel.
Em discurso perante a reunião anual do Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense (Aipac), o principal grupo a favor dos judeus nos EUA, Netanyahu afirmou:
- Opovo judeu construiu Jerusalém há 3.000 anos, e o povo judeu constrói Jerusalém hoje. Jerusalém não é um assentamento. É nossa capital.
A expansão dos assentamentos israelenses esfriou os laços entre os dois governos, especialmente desde que, no último dia 9, Israel anunciou a construção de 1.600 moradias em Ramat Shlomo, um assentamento em Jerusalém Oriental, enquanto o vice-presidente dos EUA, Joseph Biden, visitava o país.

Após um confronto público e reprovação da secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, os governos tinham tentado nos últimos dias minimizar a tensão e enfatizar o interesse por restabelecer as negociações de paz. Assim, Netanyahu  disse nesta segunda que quando o mundo enfrenta desafios monumentais sabe que Israel e EUA os encararão juntos.
Por sua parte, Hillary declarou que os dois governos discutem passos que Israel pode dar para restabelecer a confiança entre as partes e retomar as negociações de paz. Além disso, Biden e Netanyahu se reuniram para um jantar na residência oficial do vice-presidente.
O primeiro-ministro se reuniu também a portas fechadas com Hillary, em um encontro no qual, segundo o Departamento de Estado, "analisaram medidas específicas que poderiam ser tomadas para melhorar o ambiente e manter o avanço das conversas indiretas". Segundo este Departamento, os EUA continuam tentando "criar um ambiente de confiança para que as partes possam começar a resolver os problemas importantes através das conversas de proximidade e avançar rumo a negociações diretas o mais breve possível. Continuamos alcançando avanços com esse objetivo".

Em dias anteriores, Netanyahu tinha expressado disposição em fazer concessões para restabelecer a confiança, embora não tenha divulgado quais seriam. Nesta segunda, em seu discurso, não fez referência a isso. O encontro com Hillary prepara a reunião que Netanyahu e Obama vão manter na tarde desta terça (23) na Casa Branca, também a portas fechadas, e um possível indício de que as tensões na relação ainda não desapareceram. Antes do anúncio das novas construções, os EUA tinham divulgado um acordo para começar de novo as negociações indiretas, mas a iniciativa israelense fez com que elas não se iniciassem. Hillary, que também se dirigiu à reunião da Aipac, da qual participam cerca de 7.500 delegados, reiterou que a relação entre os dois países é sólida como uma rocha, inquebrantável, duradoura e eterna, mas voltou a dizer duras palavras a Israel. A construção de novas casas, sustentou, solapa a credibilidade dos Estados Unidos como um mediador crível. A secretária de Estado assegurou que as negociações de paz só terão sucesso se as duas partes em conflito forem capazes de construir uma relação de confiança mútua. Por isso, pediu tanto a Israel como aos palestinos que se contenham em suas declarações e ações unilaterais que minam o processo [de paz] e atrapalha as negociações.
Enquanto lançava as advertências a Israel, Hillary também tentava tranquilizar o país sobre uma de suas grandes preocupações estratégicas, o programa nuclear iraniano. A secretária de Estado disse que os Estados Unidos sempre respaldarão o direito de Israel de se defender, e para Israel não há ameaça estratégica maior que a perspectiva do Irã com armas nucleares.
Em seu discurso, Netanyahu também falou sobre essa ameaça, ao afirmar que Israel espera que a comunidade internacional atue de modo rápido e decisivo contra a ameaça nuclear iraniana, mas também se reserva o direito de se defender.

F - NKL :

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