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sábado, 15 de maio de 2010

Pesquisa aponta contaminação de alimentos por agrotóxicos no CE :









DAS 135 COLETAS analisadas, 132 estão com resíduos de agrotóxicos acima do limite permitido para consumo. Entre eles, o pimentão apresentou maior índice de contaminação - FAC-SÍMILE DO REGIONAL, com reportagem especial em 2008, denunciou o uso indiscriminado de agrotóxicos no Estado. Estudo da Anvisa aponta resíduos de agrotóxicos acima do permitido e proibidos no cultivo alimentar

Fortaleza. O cearense está consumindo alimento com excesso de resíduos de agrotóxicos. De 135 coletas realizadas em pequenos e grandes supermercados da Grande Fortaleza, em somente três delas os índices foram considerados dentro do limite permitido. O pimentão foi o líder de contaminação, com análise insatisfatória em cinco das seis amostras analisadas. Os dados são de uma pesquisa solicitada pela Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano de 2009. A informação foi obtida, ontem, com exclusividade, pelo Diário do Nordeste, durante a reunião para discutir o Plano Estadual de Ação Conjunta sobre Agrotóxicos, na sede do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), em Fortaleza. O evento teve como principal objetivo traçar estratégias para a revisão da antiga legislação estadual, de 1993, que trata do uso dos defensivos agrícolas na agricultura. De março a dezembro de 2009, a Vigilância Sanitária do Estado, que coordena, no Ceará, o Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos (PARA), da Anvisa, enviou 135 coletas de 20 tipos de alimentos, entre frutas, legumes e hortaliças, para análise nos Laboratórios de Saúde Pública (Lacen) dos Estados de Goiás, Paraná e Minas Gerais. Estas unidades recebem amostras de todo o Brasil. Com algumas exceções, de cada cultura foram coletadas sete amostras de diferentes pontos de venda. O pimentão, com seis amostras coletadas, acusou classificação de "agrotóxico não permitido ou acima do limite" em cinco delas. A informação é de Alexsandra Castelo Branco, coordenadora do Programa de Análise de Resíduos Agrotóxicos no Ceará (PARA).

Dentre as culturas analisadas estão arroz, feijão, banana, tomate, pimentão, pepino, uva e laranja, coletados diretamente de pequenos e grandes supermercados. Foram pesquisados 165 diferentes tipos de agrotóxico, dentre os permitidos no Estado. Cada amostra continha um 1kg do alimento. As únicas três culturas em que foi encontrado resíduo tóxico dentro do limite permitido foram banana, laranja e manga. Uma dificuldade foi obter, dos vendedores, informações sobre a origem dos alimentos. Das 135 coletas, em aproximadamente 20 foram identificados os plantios de origem. "Alguns sabem de onde vem, outros desconhecem o fornecedor", afirmou Alexandra Castelo Branco, esclarecendo que a Secretaria da Saúde do Estado baixou portaria, no ano passado, para que houvesse o rastreamento da origem de todos os produtos vendidos. A Associação Cearense dos Supermercados já tem conhecimento da pesquisa e deverá atuar com mais rigor. Enquanto alguns supermercados compram diretamente das hortas e perímetros irrigados, outros têm a Central de Abastecimento do Ceará (Ceasa) como principal fornecedor.

"Algumas redes de supermercado apresentaram um controle de qualidade muito bom", pontuou Alexandra. De acordo com o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, é realizada uma radiografia dos produtos comercializados: "Temos acompanhamento da origem, do controle, destino da embalagem e o município de origem", explicou. Mas a Ceasa não possui controle sobre a qualidade em níveis tóxicos do produto, pois "alguns já vêm até embalados", afirmou Odálio. Hoje, os municípios do Ceará respondem por 54% do que é comercializado na Central. Entre as frutas, a campeã de vendas é a banana, seguida da laranja; dentre as principais hortaliças vendidas estão a batatinha inglesa, o tomate, a cebola e o pimentão, apontado pela pesquisa como o principal alimento com resíduos agrotóxicos.

Os Laboratórios de Saúde Pública (Lacen) de Goiás, Paraná e Minas Gerais são os responsáveis pela análise unificada de resíduos tóxicos em alimentos vendidos e consumidos na maioria dos Estados do Brasil. Segundo Alexandra Castelo Branco, existem dois tipos principais de contaminação tóxica no alimento: quando o veneno entra na seiva e por meio do contato superficial, sem penetração, em que, mesmo assim, "a lavagem com água e hipoclorito de sódio não garante a retirada do resíduo", explica.

F - Nem Ki Lask :

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