Esporte
Mauricio "Shogun" Rua (à direita) enfrenta Lyoto Machida no UFC.
Mauricio "Shogun" Rua (à direita) enfrenta Lyoto Machida no UFC.
José Mentor (PT-SP), autor da proposta, afirma que as lutas são muito violentas; o lutador Mauricio 'Shogun' diz que o atleta depende da mídia.
Os atletas de vale-tudo vão enfrentar uma briga fora dos limites da arena. O deputado José Mentor (PT-SP) propôs um projeto de lei para proibir a exibição dos combates na televisão brasileira.
Mentor quer restringir a transmissão de artes marciais não-olímpicas e não aprovadas pela Secretaria Especial de Direitos Humanos em canais abertos e fechados. O vale-tudo (também conhecido como MMA, da sigla em inglês Mixed Martial Arts) é o alvo prioritário da cruzada de Mentor. “São golpes violentíssimos, é uma coisa muito forte”, afirma a ÉPOCA.
O relator da lei, deputado Fábio Faria, já se mostrou contrário à proposta. Ele sugeriu uma discussão sobre o projeto, marcada para quarta-feira (14), na Comissão de Turismo e Desporto na Câmara Federal. Foram convidados lutadores, representantes das duas emissoras de TV que transmitem os combates (RedeTV e SportTV) e membros da Confederação de Lutas Vale Tudo. O objetivo é dar voz também aos atletas. “Trata-se de um esporte que cresce rapidamente em todo o mundo e não vejo necessidade de que seja banido da televisão”, disse Faria. O próprio autor da proposta se mostrou disposto a conversar: “Trazendo argumentos, trazendo o debate, posso mudar de opinião”.
Mentor quer restringir a transmissão de artes marciais não-olímpicas e não aprovadas pela Secretaria Especial de Direitos Humanos em canais abertos e fechados. O vale-tudo (também conhecido como MMA, da sigla em inglês Mixed Martial Arts) é o alvo prioritário da cruzada de Mentor. “São golpes violentíssimos, é uma coisa muito forte”, afirma a ÉPOCA.
O relator da lei, deputado Fábio Faria, já se mostrou contrário à proposta. Ele sugeriu uma discussão sobre o projeto, marcada para quarta-feira (14), na Comissão de Turismo e Desporto na Câmara Federal. Foram convidados lutadores, representantes das duas emissoras de TV que transmitem os combates (RedeTV e SportTV) e membros da Confederação de Lutas Vale Tudo. O objetivo é dar voz também aos atletas. “Trata-se de um esporte que cresce rapidamente em todo o mundo e não vejo necessidade de que seja banido da televisão”, disse Faria. O próprio autor da proposta se mostrou disposto a conversar: “Trazendo argumentos, trazendo o debate, posso mudar de opinião”.
Mauricio “Shogun” Rua, campeão mundial de MMA e atual lutador do UFC, é contra a proposta de lei. “O maior prejudicado é o atleta que, querendo ou não, depende da mídia.” Rua afirma que os atletas possuem uma filosofia e são avessos à violência fora do ringue. Em dezembro de 2009, o lutador expulsou um aluno de sua academia, a Universidade da Luta, em Curitiba, depois que o estudante se envolveu em uma briga de torcida. “Quem luta profissionalmente não briga”, diz Rua.
O vale-tudo é um esporte desenvolvido no Brasil pelos Gracie, lendária família brasileira de lutadores. Na década de 1930, Carlos Gracie convidou praticantes de diversos estilos para uma competição, que ficou conhecida como “desafio de Gracie”. Com o passar do tempo, o esporte se tornou mais popular. Na década de 1980, uma competição semelhante à de Gracie foi organizado no Japão. Hoje, o esporte é disputado em vários torneios mundiais. Os dois mais famosos são o Ultimate Fighting Championship (UFC, fundado em 1993 por Rorion Gracie e outro sócios e sediado nos EUA) e o PRIDE Fighting Championship (fundado em 1997 e sediado no Japão).
No Brasil, o esporte é transmitido por apenas dois canais. A pouca exposição não ajuda a acabar com a fama de violentos que os atletas têm. Para Rua, a proibição pode manter esse preconceito vivo. “Se a pessoa conhecesse qualquer arte marcial, ela ia passar a entender e a ver com outros olhos.”
O vale-tudo é um esporte desenvolvido no Brasil pelos Gracie, lendária família brasileira de lutadores. Na década de 1930, Carlos Gracie convidou praticantes de diversos estilos para uma competição, que ficou conhecida como “desafio de Gracie”. Com o passar do tempo, o esporte se tornou mais popular. Na década de 1980, uma competição semelhante à de Gracie foi organizado no Japão. Hoje, o esporte é disputado em vários torneios mundiais. Os dois mais famosos são o Ultimate Fighting Championship (UFC, fundado em 1993 por Rorion Gracie e outro sócios e sediado nos EUA) e o PRIDE Fighting Championship (fundado em 1997 e sediado no Japão).
No Brasil, o esporte é transmitido por apenas dois canais. A pouca exposição não ajuda a acabar com a fama de violentos que os atletas têm. Para Rua, a proibição pode manter esse preconceito vivo. “Se a pessoa conhecesse qualquer arte marcial, ela ia passar a entender e a ver com outros olhos.”
F - Nem Ki Lask :
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